CRÔNICAS E TEXTOS

Mulheres indígenas: Lutem contra a violência doméstica e territorial!


A pobreza é a maior violação dos direitos humanos, eu não sabia disso quando era criança. As lágrimas de vovò, assim como a vida de milhares de mulheres indígenas do mundo, refletem esse tipo de violação. A pobreza é o resultado das maiores competições, guerras e conflitos. As mulheres e crianças sofrem por isso. É um fator determinante de violência. É preciso erradicar a pobreza. Centenas de tratados, convenções, declarações foram escritos no plano nacional e internacional, mas  a pobreza perdura. O que está faltando? Toda mulher quer ser mulher, porque ser mulher é contribuir com a ética para o crescimento da Humanidade, principalmente quando ela busca não perpetuar a cultura dominante e secular que impõe padrões preconceituosos na criação dos filho/as.Toda mulher quer ser mulher por perceber a luta pela igualdade de gênero e quando ela trabalha para isso na nova sociedade, no cotidiano de sua vida, nas relações com o esposo, filho/as, irmão/ãs, parentes e amigos. Nos dez pontos que escrevi no Dia Internacional da Mulher, 08/03/2006, no texto “Quer ser Mulher? Perguntou Deus!” (veja em: http://grumin.blogspot.com), tive o objetivo de polemizar e chamar a atenção da sociedade para diversas culturas  e regimes sócio-político e econômicos que impõem uma vida indigna às mulheres. Temos muitos avanços na classe média ou nos grupos mais esclarecidos, quando mulheres já possuem diversas posições no contexto social e quando seu status no lar atinge patamares respeitáveis, salvo exceções como, por exemplo, em relação aos assassinatos de mulheres jornalistas, artistas e outras profissionais e com ascensão econômica. No entanto, as mulheres pobres e as altamente miseráveis de todas as etnias, inclusive a indígena, sofrem da violência masculina e discriminação da própria sociedade. E esse fato é um desafio para grupos de mulheres organizadas por seus direitos e um desafio para os governantes no setor da Educação, Trabalho e Saúde e desenvolvimento, tanto no Brasil quanto nos outros países.(...).Mulheres indígenas: Lutem contra a violência doméstica e territorial!
*Eliane Potiguara nasceu em 29/09/1950. É professora, escritora e ativista indígena de origem Potiguara. Trabalhou voluntariamente para redigir a Declaração Universal dos Direitos Indígenas, no GT sobre Povos indígenas na ONU, Genebra, durante uma década. Criou a 1ª organização de mulheres indígenas do Brasil em 1986: GRUMIN.É premiada nacional e internacionalmente por várias entidades.





Compromisso com a Cultura e Espiritualidade Indígenas

Foto: Carol Potiguara, Mamiry, Cecília Soares do CEDIM e Eliane Potiguara

A coisa mais bonita que temos dentro de nós mesmos é a dignidade. Mesmo se ela está maltratada. Mas não há dor ou tristeza que o vento ou o mar não apaguem. E o mais puro ensinamento dos velhos, dos anciãos, partem da sabedoria, da verdade e do amor. Bonito é florir no meio dos ensinamentos impostos pelo poder. Bonito é florir no meio do ódio, da inveja, da mentira ou do lixo da sociedade. Bonito é sorrir ou amar quando uma cachoeira de lágrimas nos cobre a alma! Bonito é poder dizer sim e avançar. Bonito é construir e abrir as portas a partir do nada. Bonito é renascer todos os dias. Um futuro digno espera os povos indígenas de todo o mundo. Foram muitas vidas violadas, culturas, tradições, religiões, espiritualidade e línguas. A verdade está chegando à tona , mesmo que nos arranquem os dentes! O importante é prosseguir. É comer caranguejo com farinha, peixe seco com beiju e mandioca. É olhar o mar e o céu. E reverenciar os mortos, os ancestrais. É sonhar os sonhos deles e vê-los. É conviver com as "manias de cabôco", mesmo sufocados pela confusão urbana ou as ameaças agrestes, porque na realidade são as relações mais sagradas de nosso povo, porque são relações com a terra e com o criador, nosso Deus Tupã. Bonito é vestir os trajes do Toré e honrar-se como se vestira os trajes dos reis e senti-los como a expressão máxima das relações entre o homem , a terra e Deus. É sentir o sagrado e o universo. O importante é crer e confiar mesmo que na noite anterior violaram nossa casa ou nosso corpo. É preciso ouvir os velhos, o som do mar, dos ventos. É preciso a unidade entre as famílias, por isso pedimos a Tupã que nos proteja e dê um basta ao sofrimento secular de nosso povo comedor de mandioca. Pedimos à força superior, que nossos pensamentos se elevem aos mais profundos planos sagrados da espiritualidade indígena, junto aos velhos, aos curandeiros, aos velhos pajés apagados pelo poder, mas renascido como FORÇA, pela consciência do povo. Pedimos que nossos espíritos se elevem ao mais sagrado da sabedoria humana e receba a irradiação do amor, da paz e do conhecimento à todas as nossas cabeças indígenas e de outras etnias e povos, transformando todo pensamento discordante , conflituoso em pensamento de paz, que construa a unidade entre todos os seres do planeta Terra.
Que possamos construir a partir de agora, uma grande frente de energias, apoiada por todos que lêem esse compromisso, para garantir a dignidade de povos abandonados , condenados à extinção.
Não! Não podemos admitir a derrota. Há jovens, crianças sorrindo, há mar, há sol, há esperanças. Há espiritualidade! Basta que soltemos as amarras do racismo impostos ao nosso subconsciente, esse inimigo que divide o nosso povo.
Abramos a porta. Entremos. Nossos velhos nos esperam para a cerimônia da paz e da luz inquebrantável.
Um grande marco se está colocando aos anciãos, aos guerreiros, nossos avós, nossas mães, defensores eternos da terra e da natureza.

Vamos meu povo, elevemos nossos pensamentos à Tupã e abramos o nosso coração na "Oração pela Libertação dos Povos Indígenas", pelos 300 milhões de indígenas que habitam o planeta terra. E pensemos na frase sábia do cacique Xavante Aniceto: " A palavra da mulher é sagrada como a terra".

Eliane Potiguara
Textos do livro “METADE CARA, METADE MÁSCARA” Global editora



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            A violação aos Direitos Indígenas






As mulheres indígenas do planeta terão suas terras roubadas, suas culturas e espiritualidades dilaceradas, suas vidas ceifadas e gerações e gerações de filhos discriminados na sociedade urbana e rural e desprezados pelos políticos e empresários. Terão suas culturas penduradas em Museus ou demonstradas em desfiles de Carnaval, como seres do passado, ou do folclore. Servirão de chacotas em cidadelas e pedirão esmolas. Os homens se embriagarão e ficarão fracos ou loucos. Seus filhos serão frágeis e uma onda de extermínio acobertará tribos inteiras, até que mulheres e homens fortes, como muitos líderes que virão ouçam a voz da ancestralidade, vejam as marcas de jenipapo cravadas nas caras étnicas como uma marca imposta por Mim - NHENDIRU, o Criador - e que sintam a chama eterna da IDENTIDADE INDÍGENA para ser respeitada e aceita, como um exemplo para o planeta terra. Exemplo de uma etnia humana que sangrou, retomou a voz ancestral e ética e sobreviveu a todo o processo de escravidão do passado e do presente e que realmente possa ensinar a filosofia da igualdade e fraternidade. Porque os povos indígenas são meus filhos primogênitos dos cinco continentes, foram os primeiros que Eu coloquei neste planeta, por conhecerem o princípio ético do equilíbrio na natureza. Povos indígenas devem ser exemplo do BOM CONVÍVIO COM A SOCIEDADE E A NATUREZA. Exemplo de prosperidade ética e espiritual. Texto de: Eliane Potiguara REDE GRUMIN DE MULHERES INDÍGENAS
TRECHO DO TEXTO: QUER SER MULHER, PERGUNTOU DEUS?de Eliane Potiguara
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O BEIJO ESTANCADO NO AR
 Era 21 de abril de 2010, marco da Inconfidência mineira, dia de Tiradentes, no Brasil.
Tínhamos passado o dia na Barra de Guaratiba, lugar mágico que freqüento há mais de vinte anos. Ali a gente come caranguejo com as mãos, se debruça sobre o guaiamu para quebrar aquelas patas duras e saborosas e me lembro de minha avó indígena Maria de Lourdes comendo seu pirãozinho fazendo bolinhas com as mãos, e mamãe enchendo de farinha e pimenta as casquinhas das costas daqueles crustáceos.
O quanto de maravilhoso elas me ensinaram na relação Natureza-Terra-Humanidade! Estávamos ali naquele santuário guaratibano, em mar aberto, uma verdadeira biodiversidade. O ar puro, o cheiro do peixe assado, do camarão, dos frutos do mar, um ar quase sagrado. Era um feriado de sol fresco, tão fresco que o vento batia à minha pele e eu sentia a leveza do ser e o prazer de estar ali, próximo ao balneário. Ao lado só via as copas das árvores, à frente a estrada que conduzia ao desconhecido; ao lado, o manguezal ainda intacto cheinho de caranguejinhos caminhando; acima, o sol paradisíaco e um céu azul formoso anunciando um “mistério”. Aquele dia tinha um ar de algo a ser desvelado, ou algo a ser anunciado.                       
Comemos, bebemos, rimos das histórias contadas ao fulgor do êxtase de cada um. Ríamos como crianças, sem nenhuma responsabilidade. Mas algo havia no ar. O prenúncio do futuro. O prenúncio dos sentidos. Algo inquietante fora da normalidade de meus dias tão meditativos, tão atropelados pelo volume de trabalho, rotinas e responsabilidades. É ridículo relembrar insucessos do passado e é promissor fortalecer o sagrado “Eu” que habita em nós, na sutileza da existência. É ridículo quando se tem o sol pela frente, sofrer a dor do coração. Mas somos humanos. A ascensão à perfeição ainda não aconteceu, portanto lágrimas são permitidas. E como dói o coração!
O ar angelical permaneceu toda tarde em explosões de risos dos que estavam em volta da mesa. De súbito, a estrada que conduzia ao desconhecido, começou a lançar seus gritos internos para que eu a pegasse e me fosse dali, já escurecendo. Ficamos um pouco mais neste lugar transcendental e as mentes descontroladas saboreavam os pensamentos alegres daquele mágico dia 21 de abril, quase véspera da véspera do outro feriado: Dia de S. Jorge, o padroeiro do povo brasileiro, o padroeiro dos jogadores de futebol, dos comerciantes, dos marginais, dos negros, dos despossuídos, dos favelados, dos injustiçados, enfim do povo brasileiro tão sofrido, mas feliz e cantante. Minha avó Maria de Lourdes, a velha índia, todos os anos ia nesse dia à Igreja de S. Jorge bem cedinho da manhã, pegar seu pãozinho para colocá-lo dentro da farinheira. Ficava numa fila por mais de duas horas. Era um ato místico e sagrado que significava a prosperidade, numa tentativa de ascensão social. Ali nunca faltaria comida naquela casa, dizia a minha avó, apesar de nossa pobreza imigrante das terras indígenas Potiguara, nordeste do Brasil, motivada pela violência do grande latifúndio de algodão dos neocolonizadores ingleses.
Eu sabia que a estrada estava me esperando saltitando de felicidade a minha frente. Fomos então. Chegamos a Vargem Grande, bairro do Rio de Janeiro, campestre, rústico, meio country tupiniquim, lugar onde as montanhas conversam conosco em baixinha voz, onde passamos feriados e finais de semana para relaxar ou para escrever. Visitamos a feirinha popular onde se come churrasquinho, churros, como num parque de diversão e onde os casais prometem juras de amor e as crianças e cachorros correm de um lado para outro, ao som do Axé Music, forrós, pagodes, sambas e músicas sertanejas. Sentamos ali de novo.
Eu já havia deixado a estrada para trás, mas ela me pedia que eu seguisse poucos passos à frente apenas. Foi quando levantamos dali e fomos ao Bar do Marcelo, o “Petisco da Vargem”. Eu sentia uma alegria contagiante ao encontrar Eduardo, nosso amigão. Ele jantava sozinho. Pedimos umas bebidas e ali ficamos mais um pouco saboreando a fantasia dos descompromissados e rindo a alegria, a nobreza dos deuses.
Aquele ar misterioso de Guaratiba, eu o trouxe comigo e se prolongou por toda a noite. A música implorava para ser ouvida e foi quando Tajira sugeriu que fôssemos para fora do bar, sentar ao ar livre na estreita calçada e ouvir melodias românticas e alegres. Ao passar pela porta do bar, minha filha me apresentara a dois senhores, um deles mais novo, bonito e forte, tinha um olhar contagiante e perturbador. Apertei as mãos másculas e em seguida fui sentar-me com a família, um "poquito" à frente. Foi quando me encabulei com o olhar penetrante desse homem formoso, quase implorando o meu. Desconcertei-me, porque há mais de um ano, não me interessava por ninguém. Não mirava ninguém assim. Havia fechado meus sentimentos, meu coração e tudo em mim. Tive dúvidas, mas obedecia a ordem do ar que me seguiu o dia inteiro, desde cedo na Barra de Guaratiba: o prenúncio do alvorecer!
Fez-se a luz, então. A vida ressurgiu do breu, mas eu sentia enorme timidez, no entanto querendo ardentemente penetrar no olhar tão desconhecido e que me atraía como um ímã. Em pouco tempo ele e seu amigo se aproximaram de nossa pequena mesa e eu tremi. Eu os convidei a sentar porque gentilmente nos ofereceu uma bebida.
De imediato ele não sentou e continuou a me fitar. Tirei os óculos, tirei a máscara, mas a máscara não queria sair. A máscara dos séculos me sufocava! Ele veio falar comigo rapidamente e saiu pelas mãos de Eduardo. O outro homem mais velho permaneceu ali e me disse logo que seu amigo já ia partir dia 4 de maio. Eu gelei! Já dia 4! Não é possível!
Ele, o misterioso homem, volta e se aproxima novamente de mim e se agacha a minha frente. Travamos um diálogo sincero, ele falou dele, uma boa conversa, uma boa pessoa. Sua mãezinha havia falecido e ele estava no Brasil por isso e já ia partir para Portugal, onde vive e trabalha, apesar de brasileiro Para mim foi um baque muito grande, em tão pouco tempo, tão poucos minutos ter meu sentimento parado no ar, como um grito que não foi dado. Decepcionada, fui para casa, na realidade, no interior de meu ser, lamentando não ficar. Passado algum tempo, já em minha quente cama, meu celular toca. Minha filha facilitou aquela voz marcante e sensual a chegar aos meus ouvidos e eu não segui a minha intuição. Não voltei para reencontrá-lo. Fiquei pensando no dia seguinte sobre tudo. Ele não me procurou, apesar da promessa. Fomos nos reencontrar justamente no dia 23, feriado de São Jorge que por um acaso me colocou de novo a sua frente e eu o deixei fugir novamente, apesar de sentir uma tremenda atração quando o corpo e alma gritaram para ficar. A sensação foi mútua, ele estava bastante motivado pela minha presença. Sua pele irradiava atração, numa química mágica. No entanto, deixei-o escapar mais uma vez. Passaram-se uns poucos dias e parti de Vargem Grande para um compromisso de trabalho em São Paulo e em São José do Rio Preto. Meu coração e minha mente sangravam na minha própria partida porque sabia que ele partiria dia 4 e não o veria nunca mais. Eu me perguntava por que, em pouco tempo, eu me seduzira por aquele homem que nem um beijo eu dera! Algo à primeira vista? Mistérios dos deuses? Curiosidade? Destino ou apenas uma emoção passageira? Um grito e um beijo ficaram parados no ar! As mãos se foram e os olhares despedaçados.
Peguei meu avião e em Sampa, tomei a atitude de telefonar para ele e contar, sinceramente, toda minha inquietude interior. Ele, surpreso, calmo, solidário e carinhoso, delicadamente ouviu e partiu em seu vôo mágico, elegante e internacional. O pássaro que aqui ficou teve as asas quebradas, o coração partido e as lembranças atormentando o pseudo desinteresse, massacrado pelos calos da vida. A pele ressecada da foca jogada ao fundo do mar deve restabelecer-se periodicamente ao fortalecimento da alma Os ossos jogados ao fundo do mar pela cultura imposta devem reconstituir-se por si mesmo ao som e aos olhos da conscientização de quem somos como mulheres. É o ciclo da vida.  É ridículo pensar insucessos do passado!
Agora, o Bem-Te-Vi canta, majestosamente, todos os dias, acorda feliz e relembra esse momento iluminado e principalmente espiritual. Foram poucos minutos que não fazem parte do tempo comum da humanidade, mas fazem parte de um “Tempo Interior”, o verdadeiro Tempo. O Bem-Te-Vi canta e conta que te viu _amor _ e te vê sempre em belos sonhos, como num grande sonho a mirar a bela Restinga de Marambaia de longe e do alto do morro. Os olhos olham magnanimamente e se perdem no infinito azul do mar. E uma Paz se forma ao constatar tanta Luz. Esse é o misterioso significado daquilo que precisava ser desvelado e que corria de um lado para outro nas águas, nos ares, nos mangues e terras guaratibanas _ o Sagrado Manguezal_ justo no dia da inconfidência mineira, dia 21 de abril quando Tiradentes foi traído pela colonização lusa brasileira em 1792, colonização essa que se opôs às reivindicações legítimas dos proprietários rurais, intelectuais, clérigos, poetas, escritores e militares descontentes com os impostos que a Coroa portuguesa impunha a eles e em luta pela libertação das grandes Minas Gerais. Ali a conspiração foi desmantelada. O tempo passou e Tiradentes tornou-se um líder e referência brasileira. Minas Gerais, especificamente a Lagoa Santa, é a primeira terra firme que emergiu no Brasil há milhões de anos das águas tão puras e cristalinas do planeta Terra. Tiradentes é sagrado como a Terra. Aquele dia foi sagrado para mim.
Tiradentes foi traído e eu traí a mim mesma, mas fico na história também pela força do esqueleto constituído e das carnes e peles restabelecidas pela única lágrima de amor de homens que derramam suas lágrimas pelas mulheres do mundo: a sensibilidade masculina e ele...  O homem misterioso de Vargem Grande, brasileiro com forte sotaque português de Portugal, demonstrou isso! Esse deve ser o ciclo da vida. Essa avalanche de sentidos e iluminação foi perpetuada pelo dia 23 de abril, dia de S. Jorge Guerreiro, o buscador da paz. O beijo estancado no ar e o sonho sufocado não foram concretizados, mas jamais serão esquecidos, como a força do homem e da mulher que se unem pelas mãos do Divino, seja lá por quais razões, sejam pela irmandade, pela sexualidade e sensualidade, pela solidariedade, pelo amor ou pelo próprio acaso e a própria efemeridade do tempo.
 
     
Eliane Potiguara (Brasil)Foi indicada em 2005  ao Projeto Internacional "Mil mulheres ao Prêmio Nobel da Paz", é escritora, poeta, professora, formada em Letras (Português-Literatura) e Educação, ascendência indígena Potiguara, brasileira, fundadora do GRUMIN / Grupo Mulher-Educação Indígena. Membro do Inbrapi, Nearin, Comitê Intertribal, Ashoka (empreendedores sociais), Associação pela Paz, Cônsul de Poetas Del Mundo. Trabalhou pela Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU em Genebra. Seu último livro é “METADE CARA, METADE MÁSCARA”, pela Global Editora. Ganhou o Prêmio do PEN CLUB da Inglaterra e do Fundo Livre de Expressão, USA.
Site pessoal: http://www.elianepotiguara.org.br/
Institucional:   http://www.grumin.org.br/
E-mail: elianepotiguara@grumin.org.br
  

6 comentários:

  1. Encontro e reencontros da vida nos traz belas descobertas...muito bom saber e conhecer seu trabalho. As artes como instrumentos de luta e defesa dos povos indígenas. Parabéns Eliane!!!

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    1. Obrigada, meu amigo. Estamos juntos. eliane potiguara

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    2. Obrigada,bom trabalho e ne informe vossas atividades... eliane potiguara

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  2. Querida Eliane

    Quanta sensibilidade e quanta verdade nesse texto maravilhoso.A sua criação litérária, é temerária, sem querer fazer trocadilho, é uma espada na indiferença dos que não amam a terra como ela dever ser amada, e um grito de revolta para os que não respeitam a individualidade de cada ser.
    Querida amiga, vc sempre me comove
    Nilza Amaral

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  3. Crônica perfeita, muito linda! :)

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Obrigada por comentar meu post. MUITA LUZ!